Santo Antônio Gianelli

Ó Deus de bondade,

nós Vos bendizemos

pelos inúmeros benefícios

que concedeis ao Vosso povo;

Vos louvamos pelo bem realizado

na Vossa e na nossa Igreja;

Vos glorificamos pela graça concedida

aos Vossos seguidores

e aos Vossos Santos.

Continuai a abençoar nossas famílias

para que os jovens ouçam

e respondam ao Vosso chamado

e dediquem sua vida

à construção do Vosso Reino,

como Religiosos,

Sacerdote Missionários

ou Leigos engajados na Igreja.

Isto nós Vos pedimos por intercessão

de Santo Antônio Maria Gianelli

- Sacerdote e Bispo Missionário -

e de Nossa Senhora do Horto

que destes como Mãe e Padroeira.

Por seus méritos,

aceitai nosso louvor

e concedei-nos as graças

que hoje Vos pedimos.

Assim seja!


Santo Antônio Gianelli!

Rogai por nós!


"Bem sei

que faltam os meios,

mas Deus ajuda

quando em nós

não falta a fé,

nem a coragem."

Gianelli

Em plena Revolução Francesa, no dia 12 de abril de 1789, em Cereta na Itália, nascia Antônio Maria Gianelli.

Antônio era filho de camponeses, Giacomo e Maria, e tinha cinco irmãos. Todos viviam humildemente no campo, cultivando as terras de seus patrões. Viviam de forma simples e desde cedo, através do dom da caridade, intrínseco em sua essência, Gianelli desenvolveu o espírito de sacrifício e a capacidade de dividir e partilhar com o próximo.

Desde cedo, era assíduo em sua paróquia e presente na comunidade cristã. Embora sua família fosse muito pobre, uma senhora conhecida como Nicoletta Assereto, dona das terras que os pais de Gianelli cultivavam, custeou os estudos do jovem, para que frequentasse, como aluno externo, as aulas do seminário, até sua ordenação, em 1812.

Para pode estudar, Gianelli caminhava uma hora, todos os dias, para poder chegar à escola. Na volta, no final da tarde, juntava lenhas e gravetos pelo caminho para ajudar as senhoras idosas que moravam perto de sua casa.

Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica, por décadas, e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital, no qual defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. Dedicava-se muito às pregações populares e estava sempre próximo ao povo, de modo especial aos mais pobres.

E no ano de 1827 criou uma pequena congregação missionária para padres, a qual colocou sob a proteção de Santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e a organização do clero. Anos após, fundou uma congregação feminina, a qual destinou à educação gratuita de meninas carentes.

Esta obra era, na verdade, o início da congregação religiosa fundada em 1829, chamada Filhas de Maria Santíssima do Horto, uma de suas obras mais importantes.

No ano de 1838 Gianelli foi nomeado bispo, reorganizando a diocese assumida, punindo e expulsando os padres pouco zelosos e indignos. Ele enfatizava que o Clero deveria viver uma vida simples, assim como a de Jesus Cristo.

Gianelli era revolucionário e à frente de seu tempo. Bondoso, caridoso e exigente, buscava sempre ajudar ao próximo, àqueles que eram ignorados pela sociedade, os mais pobres.

Sua vida sacerdotal foi de exímio zelo missionário, atendendo aos pobres, até os últimos dias de sua vida, estendendo a mão aos verdadeiros necessitados, às crianças e às mulheres.

Antônio Gianelli deixou uma vastíssima obra escrita, contendo atuais significativos pensamentos, dentre eles o lema que adotamos para o nosso Centro Social: "Fora do impossível é preciso fazer tudo!".

Infelizmente, foi vitimado muito cedo por uma febre forte, provavelmente em consequência de tuberculose. Morreu no dia 7 de junho de 1846, aos cinquenta e sete anos, enquanto se recuperava em Piacenza, na Itália.

Em 21 de outubro de 1951, Antônio Maria Gianelli foi canonizado, ou seja, foi confirmado santo, pelo Papa Pio XII. As instituições femininas que fundou florescem até hoje, especialmente na América Latina, sendo conhecido por muitos como o Santo das Irmãs.