UNIDADE G3

cras AMPLIADO glória

O Centro de Referência da Assistência Social - CRAS Ampliado Glória, encontra-se no Bairro Medianeira, fora de seu território de pertença, que é o da extensa região Glória.

Os moradores dessa região convivem diariamente, com a violência gerada pelas disputas do tráfico de drogas, e o constante e crescente número de assaltos. As diferenças socioeconômicas que predominam na região e que são ocultadas, já que este é considerado uns dos bairros mais tradicionais da cidade, oprimem e dificultam a inclusão social dos moradores mais vulneráveis economicamente. Sendo a taxa de analfabetismo de 3,29 % e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio de 2,08 salários mínimos, conforme dados do Observa POA, considerando o Censo Demográfico do IBGE de 2010.

As crianças e adolescentes que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de 06 a 15 anos, residem na sua maioria, no bairro Coronel Aparício Borges, região com muitas comunidades pobres e desprovidas de necessidades básicas, ressalta-se a constante falta de água nas residências e o difícil acesso a várias moradias que ocorre por becos estreitos, íngremes e com solo irregular. Outras crianças e adolescentes que frequentam o Serviço de Convivência são da região da Cruzeiro, mais especificamente, moram em becos que têm seu acesso principal na Avenida Moab Caldas. Ambas as regiões em que residem 96 % dos usuários do Serviço, é marcada pela violência que se dá pela desigualdade social e disputas do tráfico de drogas. Há também, crianças e adolescentes que frequentam o Serviço e residem na região dos Alpes, mais especificamente no Quilombo dos Alpes, lugar com profundas raízes históricas e culturais do povo negro, mas sem infraestrutura pública necessária para o atendimento de demandas como saúde, educação, saneamento básico.

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, oferecido no CRAS, é uma possibilidade de inclusão ativa, prevenção e proteção das situações de risco das crianças e adolescentes prioritários no atendimento, conforme Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, ressaltando que atualmente 40% dos atendidos encontram-se na situação de trabalho infantil, de acordo com avaliação técnica realizada no ingresso ao Serviço.